A doação de sangue representa um ato de profunda solidariedade, vital para o funcionamento adequado do sistema de saúde. Apesar da constante divulgação sobre a necessidade de doações regulares, no Brasil, apenas uma pequena parcela da população contribui, cerca de 1,5%. Esse número, muitas vezes insuficiente para suprir a demanda, especialmente em períodos críticos ou emergências, ressalta a importância de campanhas de conscientização como o “Junho Vermelho”, inspirado no Dia Mundial do Doador de Sangue, que visam incentivar a doação e agradecer aos doadores regulares.
Apesar de apelos generalizados, a necessidade de doadores com fator Rh negativo, como o O negativo (doador universal), é ainda maior devido à sua raridade e compatibilidade com diversos grupos sanguíneos. As campanhas também têm o papel de desmistificar crenças equivocadas sobre a doação, como o medo de prejudicar a saúde, o ganho ou perda de peso, ou a obrigatoriedade de doar continuamente. Na realidade, a doação é segura, com material descartável, e o volume coletado é rapidamente reposto pelo organismo, sendo um ato voluntário que pode ser realizado em momentos oportunos para o doador.
O impacto de uma única doação é significativo, pois uma bolsa de sangue pode ser fracionada em até quatro componentes, beneficiando diferentes pacientes com necessidades específicas, desde anemias a distúrbios de coagulação. Como a doação de sangue não pode ser substituída por medicamentos, fomentar uma cultura de doação constante, através da informação sobre o processo e seus benefícios, é essencial para garantir estoques seguros e atender a quem precisa, transformando doadores eventuais em doadores de repetição.