Acusado de tentativa de homicídio, Sátiro Cerqueira Júnior assume cargo com salário de R$ 11 mil; associação emite nota de repúdio contra decisão do governo
A nomeação de Sátiro Sousa Cerqueira Júnior para um cargo de diretoria na Secretaria de istração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia (Seap) gerou forte reação entre os servidores do sistema prisional baiano. Acusado de homicídio qualificado, ele é ex-presidiário e vai atuar com salário superior a R$ 11 mil no Conjunto Penal de Salvador.
A Associação dos Agentes Socioeducadores e Monitores Penitenciários da Bahia (AASPTE) divulgou nota de repúdio na quarta-feira (4), afirmando que a nomeação representa “um desrespeito inaceitável” aos profissionais da segurança pública e compromete a credibilidade da istração penitenciária.
Sátiro foi preso em flagrante em 2019, após disparar contra um vizinho durante uma discussão por som alto. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) classificou o caso como tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil. Ele cumpriu prisão preventiva no Presídio de Salvador e atualmente responde em liberdade, após obter alvará de soltura.
A nomeação foi assinada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), e Sátiro atuará sob comando do secretário José Castro (MDB).
